a ideia concretizou-se pela primeira vez em 2007, nos EUA. dois anos passados, celebra-se hoje o terceiro Record Store Day.
lojas independentes (estão automaticamente excluídas as grandes superfícies/grossistas), artistas e amantes da música exaltam esses espaços cada vez mais raros onde muitos de nós tropeçaram sem querer em discos ou músicas que, de alguma forma, mudaram o curso das nossas vidas (não, não é exagero). alguns dos discos mais importantes da minha colecção foram comprados em lojas “de rua”, e dois ou três devidamente apresentados pelos funcionários: “olha, se gostas de X também deves gostar de Y; ouve lá isto, saiu esta semana”. e raramente falharam.
este contacto perdeu-se com o facilitismo da internet, em que podemos facilmente levar o trabalho feito de casa, ou nem sequer sair dela, e comprar seja que disco for com a ordem de um click. mas este acto solitário encerra a sua dose de perda, a hipótese de sermos surpreendidos pelos outros, pelo seu saber acumulado, pela perspicácia e sentido de partilha (e de venda, pois).
gosto de lojas de discos, mas a verdade é que as frequento cada vez menos. simplesmente porque são mais caras, e porque eu compro muitos discos; mas tenho a consciência que esta racionalização de meios acaba por dar prejuízo.
e prometo que um dia destes volto a experimentar comprar um disco, numa loja de discos.
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