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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

We can't rewind ... we've gone to far

O Frusciante dizia que não queria estar na MTV (e também não na Rádio). O 1º clip da MTV foi "Video killed the radio star". Não é de agora que a Rádio parece afastar-se do fenómeno de massas. E falo em "massas" como qualquer coisa de indiferenciado. No entanto, há uma imensa minoria (que a memória da XFM me perdoe !) que sente a rádio, ou os seus follow-ups, através de algo que a Rádio sempre teve : intimidade e (dos anos 50 para cá) portabilidade.

Nem Rádio ... nem MTV !

É evidente que algo mudou. E o que verdadeiramente mudou foi a construção da massificação. As "massas" persistem, cada vez mais, mas a noção de individualidade nunca foi tão forte.

Aparecer na Televisão não tem o peso que tinha há anos. Na Rádio, muito menos. Então, a possibilidade de estar em muitos lados (do planeta) só se consegue pela web.

E como se aspira a estar no mundo todo !

Um público cada vez mais difuso, com complexos targets, veio baralhar todas as contas dos gestores de media.

Quanto à Rádio, ou sucedâneos (podcasts, ...), acredito nela se se aproximar da carteira (como diz uma estudiosa britânica de que não recordo agora o nome). Rádio, podcasts e o que estiver para vir, têm que convergir para o telemóvel. Aí recuperar-se-á a lógica do velho "rádio a pilhas" que nos permita escutar à (a) noite, no silêncio, na intimidade, depois de termos accionado o despertador (terrível invenção !).

Não se ficam sem vídeo ...
Buggles (Trevor Horn é um imenso senhor da Pop) em 2004, na 1ª (sim, 1ª !!!) apresentação pública de "Video killed the radio star". A música foi publicada há 30 anos ! E ainda me perturba de cada vez que a ouço ...

I heard you on the wireless back in Fifty Two
Lying awake intent at tuning in on you.
If I was young it didn't stop you coming through.

we can't rewind we've gone to far
Oh-a-aho oh,
Oh-a-aho oh

2 comentários:

Nídio Amado disse...

Repararam que o Luís Jardim faz parte da banda???

Francisco disse...

Sim Nídio. Ele trabalhou muito com o Trevor Horn. É, por exemplo, responsável por uma célebre linha de baixo no tempo áureo da Grace Jones (Slave to the rythm). Neste concerto (2004), era mais do que participar na banda, dirigia aquela gente toda, como um maestro.