“Acho que há 50 anos as pessoas não se importavam muito que os outros as achassem criativas ou não, mas a dada altura apareceu esta ideia – que tem o seu lado bom - de que temos de nos inventar constantemente, de que temos de nos validar constantemente. Deixámos de herdar a nossa validação da nossa nacionalidade, da nossa raça, da nossa religião, do nosso emprego, etc. A nossa validação como seres humanos já não vem dessas coisas automaticamente, como costumava acontecer no passado. Hoje em dia, o maior desafio que as pessoas enfrentam, logo pela manhã, é decidir quem querem ser. E isso envolve criatividade. Há uma enorme pressão para ser criativo que foi intensificada por esta noção de que todos nós temos este destino individual único. Vemos isso constantemente no cinema. É o grande tema, esta ideia de que cada um de nós tem uma narrativa especial, própria de cada um de nós, um destino que envolve grande criatividade, uma intuição especial, uma grande descoberta, um sentimento de auto conhecimento, uma qualquer forma de redenção que vai encher as nossas vidas de significado.”
(continua)
Gordon Torr
In: «PÚBLICO» caderno P2
Sábado, 28 de Março 2009
Entrevista de Vítor Malheiros
Gordon Torr
Psicólogo; Consultor; Escritor
Autor do livro «Managing Creative People»
http://gordontorr.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário