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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Rádio-Amor (?)

Acredito fortemente que, quem faz rádio, fá-lo por vocação e amor. É das actividades em que os pressupostos que citei se afirmam com mais vigor e genuinidade. Há muito que alimento esta crença, reforçada por muitas horas de escuta apaixonada, de tantos que, sem saberem, se tornaram referências e modelos admiráveis. O amor pela rádio, a honestidade e dedicação, são elementos sentidos facilmente pelo auditório. Mas, será que ainda é assim?
Hoje, como tentei sublinhar em posts anteriores, na maior parte das sintonias de grande espectro, o locutor é apenas voz, emissor de títulos pré-programados de playlists castradoras, que fazem com que o papel de realizador e autor de programas seja hoje, quase, mera ficção. O sentimento que se nutre pela rádio - por quem a ela se dedica -, é esfumado por um fazer mecânico, nada livre e assustadoramente formatado. A miserabilidade editorial e a previsibilidade dos conteúdos das rádios "maiores", fazem com que o ouvinte de hoje ouça apenas palavras desprovidas de sentimento por aqueles que, outrora, o faziam com amor espontâneo.



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