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sábado, 15 de novembro de 2008

Radio, live transmission

Novembro de 2008. 106 anos depois da primeira transmissão áudio feita via Rádio, numa longínqua noite de Natal, sete pessoas juntam-se em torno desse ideal feito de éter. Hoje, a Rádio voltou a ser uma utopia e, sobretudo, uma memória e uma paixão. Nem uma, nem outra, se apagam. É isso que procuramos transmitir. De todos os meios, a Rádio é aquele que fala connosco como se estivéssemos de olhos fechados. Como num sonho. Na era do excesso, o essencial é o que mais falta. Perde-se, torna-se invisível e inaudível. Inacessível. Quando o encontramos sentimos certamente algo parecido com o que alguém sentiu há cem anos: it's a kind of magic.

Neste mês, abriram-se capítulos novos da História. A Rádio continua mágica.

"And so Tuesday night, as some 200,000 Chicagoans gathered around a brightly lighted stage under the gaze of the world’s news media, I headed to the Lincoln Memorial in Washington, expecting to find a crowd and some news."



"Instead, I found 25 or so people who had made their way in the dark to the marble steps of the memorial and stood silently around a lone transistor radio. On the spot where Dr. Martin Luther King Jr. delivered his “I Have a Dream” speech, they listened, some crying in the drizzle, as Barack Obama began his address before the Grant Park multitude."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

E a voz, corpo todo da rádio, emudece faminta num oceano de playlists. A miserabilidade de tantas sintonias promove os nossos ralhos: aqui, num pulsar prosaico, nas nossas viagens de/no éter, em vagares de timbre - o nosso! – e música rara.
Como esta:

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

dear fellows,

falar sobre a rádio, enquanto meio ou projecto, é para mim algo tão tortuoso como tentar compreender o que é a arte. sim, a arte.
porque na rádio tudo se mistura, tudo se conjuga; o hipotético infinito de possibilidades transporta o que me chega aos ouvidos para o domínio da filosofia.
é difícil mas necessário (tantas vezes) falar do que não se compreende; de coisas boas e más, pequenas e grandes, odiosas e estelares, mas sempre, sempre, viscerais. sim, porque a rádio é corpo e espírito, sangue e saliva, tremores e suor; não é isso a doença? não é isso a paixão?

experimentem. basta... ouvir. com atenção.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Talvez ...

Talvez nos queiram nos telemóveis ...

Se "vídeo killed the radio stars", os novos dispositivos poderão dispensar a "velha" rádio e a Arte (?) poderá regressar aos ouvidos e aos corações dos sonhadores.

A RÁDIO é o meio de eleição para os sonhadores.