Após vários adiamentos provocados pela pandemia
planetária de Covid-19, eis que regressam os Dead Can Dance a Lisboa, numa
extensão da digressão mundial iniciada há mais de três anos.
Duas noites consecutivas na mesma sala onde actuaram a 28 de Maio de 2013. A primeira das quais com lotação esgotada, a segunda quase lotada.
É a primeira vez que a dupla Lisa Gerrard e Brendan Perry se apresentam em palco português sem trazerem na bagagem um novo álbum. Fica a incógnita se esta é mesmo uma tournée de despedida, ou se a seguir virá a edição de um novo trabalho gravado.
As vozes continuam soberbas. Ambos na primeira metade da casa dos sessenta anos de idade, Lisa mantém a voz de mármore, cristal e safira, assumindo facetas e técnicas de contralto, soprano e mezzo-soprano com uma facilidade incrível. Brendan encorpando o registo barítono, ora no estilo crooner, ora flutuando – juntamente com Lisa – por línguas vivas e mortas como o inglês, árabe, grego, hebraico, turco, latim, esperanto, gaélico, hindu, persa ou aramaico, juntando-se-lhes gritos e sons vocais tribais.
Duas noites consecutivas na mesma sala onde actuaram a 28 de Maio de 2013. A primeira das quais com lotação esgotada, a segunda quase lotada.
É a primeira vez que a dupla Lisa Gerrard e Brendan Perry se apresentam em palco português sem trazerem na bagagem um novo álbum. Fica a incógnita se esta é mesmo uma tournée de despedida, ou se a seguir virá a edição de um novo trabalho gravado.
As vozes continuam soberbas. Ambos na primeira metade da casa dos sessenta anos de idade, Lisa mantém a voz de mármore, cristal e safira, assumindo facetas e técnicas de contralto, soprano e mezzo-soprano com uma facilidade incrível. Brendan encorpando o registo barítono, ora no estilo crooner, ora flutuando – juntamente com Lisa – por línguas vivas e mortas como o inglês, árabe, grego, hebraico, turco, latim, esperanto, gaélico, hindu, persa ou aramaico, juntando-se-lhes gritos e sons vocais tribais.
Há algo de intensamente hipnótico no som dos Dead Can Dance, que
fascina e perturba. Inquietude e estranheza, beleza e conforto, apaziguamento e
agitação, profundidade e suavidade, intemporalidade e contemporaneidade. O multiculturalismo da humanidade transportado pela Música.
O alinhamento, num reportório substancialmente diferente
da passagem pela Aula Magna em 2019, percorreu uma longa discografia iniciada
em 1984 e chegada – até ver – ao ano de 2018.
Novos arranjos numa quantidade significativa dos temas, principalmente em “Severence”, com acrescento de uma parte final e The Wind That Shakes The Barley, em que Lisa Gerrard é acompanhada por música, ao contrário da versão primordial cantada à capela. “In Power (We Entrust The Love Advocated)” e “Cantara” mantiveram os renovados arranjos já levados a palco em 2013 e 2019, com uma nova estrofe no final em “In Power”.
Novos arranjos numa quantidade significativa dos temas, principalmente em “Severence”, com acrescento de uma parte final e The Wind That Shakes The Barley, em que Lisa Gerrard é acompanhada por música, ao contrário da versão primordial cantada à capela. “In Power (We Entrust The Love Advocated)” e “Cantara” mantiveram os renovados arranjos já levados a palco em 2013 e 2019, com uma nova estrofe no final em “In Power”.
As secções de metais [tuba, trombone, trompete,
oboé, clarinete] e de cordas [violino, violoncelo, viola de arco] continuam
sintetizadas em teclados, algumas das secções rítmicas de percussão [tímpano,
handpan] encontram-se igualmente em placa digital de tambor.
Desta vez esteve ausente da formação o percussionista
alemão David Kuckermann, mas voltaram a actuar Jules Maxwell e Astrid
Williamson nos teclados, Robert Perry na percussão, berimbau, guitarra acústica e flauta, Dan
Gresson na bateria e percurssão, Richard Yale no contrabaixo e órgão. Todos
fizeram vozes de fundo. Lisa Gerrard, para além da voz principal, continuou a
tocar metais anelares e Yangqin, o clássico dulcimer chinês com origem no Santur persa, que é uma
imagem de marca do som característico dos Dead Can Dance, presente em todas as
actuações ao vivo.
Brendan Perry, a outra voz principal, mudou de guitarra eléctrica várias vezes, incluindo o tradicional Bouzouki acústico grego.
A actual digressão, sucessivamente adiada na Europa e América do Norte (Canadá e Estados Unidos), regressará ao velho continente para novas datas já em Outubro e Novembro deste ano.
A actual digressão, sucessivamente adiada na Europa e América do Norte (Canadá e Estados Unidos), regressará ao velho continente para novas datas já em Outubro e Novembro deste ano.
Alinhamento completo dos dois concertos [foram iguais]:
Yulunga [Into The Labyrinth, 1993]
Amnesia [Anastasis, 2012]
Mesmerism [Spleen And Ideal, 1985]
The Ubiquitous Mr. Lovegrove [Into The Labyrinth, 1993]
Persian Love Song [Toward The Within, 1994]
In Power (We Entrust The Love Advocated) [Garden of the Arcane Delights, 1984]
Avatar [Spleen And Ideal, 1985]
The Carnival is Over [Into The Labyrinth, 1993]
Cantara [Within The Realm of a Dying Sun, 1987]
Opium [Anastasis, 2012]
Sanvean [Toward The Within, 1994]
Dance of the Bachantes [Dionysus, 2018]
Baylar (inédito, 1996)
Black Sun [Aion, 1990]
Amnesia [Anastasis, 2012]
Mesmerism [Spleen And Ideal, 1985]
The Ubiquitous Mr. Lovegrove [Into The Labyrinth, 1993]
Persian Love Song [Toward The Within, 1994]
In Power (We Entrust The Love Advocated) [Garden of the Arcane Delights, 1984]
Avatar [Spleen And Ideal, 1985]
The Carnival is Over [Into The Labyrinth, 1993]
Cantara [Within The Realm of a Dying Sun, 1987]
Opium [Anastasis, 2012]
Sanvean [Toward The Within, 1994]
Dance of the Bachantes [Dionysus, 2018]
Baylar (inédito, 1996)
Black Sun [Aion, 1990]
The Host of Seraphim [The Serpents Egg, 1988]
Encore:
Children of the Sun [Anastasis, 2012]
The Wind That Shakes The Barley [Into The Labyrinth, 1993]
Severance [The Serpent’s Egg, 1988]
Children of the Sun [Anastasis, 2012]
The Wind That Shakes The Barley [Into The Labyrinth, 1993]
Severance [The Serpent’s Egg, 1988]
Dead Can Dance | Canadá | EUA | México 2023:
Vancouver (March 24)
Seattle (March 26)
Portland (March 29)
San Francisco (March 31)
Los Angeles (April 1)
San Diego (April 3)
Salt Lake City (April 5)
Denver (April 7)
Minneapolis (April 9)
Chicago (April 11)
Detroit (April 13)
Toronto (April 14)
Boston (April 16)
New York (April 17)
Pittsburg (April 19)
Washington (April 21)
Philadelphia (April 22)
Mexico City (April 27)
Guadalajara (April 29)
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