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terça-feira, 9 de novembro de 2010

é triste

no passado domingo tive nas mãos uma oportunidade rara: entrevistei o Kevin Drew, vocalista e co-fundador dos Broken Social Scene. ("no ar" no ladoB#281, amanhã).
é já uma banda de culto na cena "indie"(?!) norte-americana (Canadá e Estados Unidos da América), um colectivo variável mas sempre exemplar, estética e tecnicamente; são dos melhores construtores de melodias da actualidade.
pois bem, nos dias dos espectáculos em Lisboa e no Porto (7 e 8), foram raras, muito raras as referências nos órgãos de comunicação social portuguesa. nem no circuito comercial (isso já nem estava à espera), nem tão pouco no circuito noticioso mais dedicado a estes assuntos do "alternativo". quase nada, um ou outro miserável rodapé. no "online", nada. parece que toda a gente se esqueceu, ou pior, ignorou, a vinda de uma das melhores bandas "ao vivo" da actualidade.
pergunto-me: porquê? falta de marketing promocional? desinteresse dos media por não se tratar de uma banda mainstream? embirração dos media com a promotora? desadequação de género? (leia-se, "os editores não gostam e por isso não publicam").
juro que já tentei, mas continuo sem entender; por burrice ou ignorância; fico triste, desiludido.
e lá continua o (já pouco) interesse pela "agenda musical" dos media portugueses, em decrescendo.

nota importante: mesmo com os órgãos de comunicação social "a dormir", a Aula Magna esteve com mais de meia sala (ao rubro) e a sala 2 da Casa da Música esgotada e on fire.

8 comentários:

bitsounds disse...

e se compararmos com a 'histeria' em torno dos Arcade Fire, que até foram influenciados pelos BSS, ainda se torna mais complicado de perceber ...

também no chamado 'indie' há modas ...

elsafer disse...

os "poderes" de decisão , mesmo na musica, está cheio de pessoas de mentes "agarradas" a grupos ... politizados ou não , mas grupos que focalizaram em baixos contributos de valor
:(

bitsounds disse...

(um bom texto sobre o concerto no Porto no mar superior )

pe disse...

(bom texto, sim sr.)

cá continuamos amigos, "cartas fora do baralho"...

ba disse...

confesso que os Arcade nunca me cativaram tanto como os BSS - estes têm um não sei quê de mágico, que talvez não seja perceptível a todos. talvez estejam um passo à frente e sinto-me privilegiada (assim como vocês, suponho, "cartas fora do baralho") por conseguir sentir a sua música no tempo devido.

adorei a entrevista. já deixei um comentário no local apropriado mas volto a agradecer: obrigado! :)

pe disse...

obrigado! e... bem vinda ao baralho :-)

(e concordo com vocês; Arcade Fire? nah...)

Nídio Amado disse...

Grande concerto há uns anos atrás em Paredes de Coura. Já era fã na altura.

pe disse...

e eu! e também lá estive!! :-)