no passado domingo tive nas mãos uma oportunidade rara: entrevistei o Kevin Drew, vocalista e co-fundador dos Broken Social Scene. ("no ar" no ladoB#281, amanhã).
é já uma banda de culto na cena "indie"(?!) norte-americana (Canadá e Estados Unidos da América), um colectivo variável mas sempre exemplar, estética e tecnicamente; são dos melhores construtores de melodias da actualidade.
pois bem, nos dias dos espectáculos em Lisboa e no Porto (7 e 8), foram raras, muito raras as referências nos órgãos de comunicação social portuguesa. nem no circuito comercial (isso já nem estava à espera), nem tão pouco no circuito noticioso mais dedicado a estes assuntos do "alternativo". quase nada, um ou outro miserável rodapé. no "online", nada. parece que toda a gente se esqueceu, ou pior, ignorou, a vinda de uma das melhores bandas "ao vivo" da actualidade.
pergunto-me: porquê? falta de marketing promocional? desinteresse dos media por não se tratar de uma banda mainstream? embirração dos media com a promotora? desadequação de género? (leia-se, "os editores não gostam e por isso não publicam").
juro que já tentei, mas continuo sem entender; por burrice ou ignorância; fico triste, desiludido.
e lá continua o (já pouco) interesse pela "agenda musical" dos media portugueses, em decrescendo.
nota importante: mesmo com os órgãos de comunicação social "a dormir", a Aula Magna esteve com mais de meia sala (ao rubro) e a sala 2 da Casa da Música esgotada e on fire.
8 comentários:
e se compararmos com a 'histeria' em torno dos Arcade Fire, que até foram influenciados pelos BSS, ainda se torna mais complicado de perceber ...
também no chamado 'indie' há modas ...
os "poderes" de decisão , mesmo na musica, está cheio de pessoas de mentes "agarradas" a grupos ... politizados ou não , mas grupos que focalizaram em baixos contributos de valor
:(
(um bom texto sobre o concerto no Porto no mar superior )
(bom texto, sim sr.)
cá continuamos amigos, "cartas fora do baralho"...
confesso que os Arcade nunca me cativaram tanto como os BSS - estes têm um não sei quê de mágico, que talvez não seja perceptível a todos. talvez estejam um passo à frente e sinto-me privilegiada (assim como vocês, suponho, "cartas fora do baralho") por conseguir sentir a sua música no tempo devido.
adorei a entrevista. já deixei um comentário no local apropriado mas volto a agradecer: obrigado! :)
obrigado! e... bem vinda ao baralho :-)
(e concordo com vocês; Arcade Fire? nah...)
Grande concerto há uns anos atrás em Paredes de Coura. Já era fã na altura.
e eu! e também lá estive!! :-)
Enviar um comentário