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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália Rodrigues


















Hoje, por passarem dez anos sobre a morte de Amália Rodrigues, vai ouvir-se a voz e vai falar-se muito da maior cantora de fado da história portuguesa. Como sempre, por razões que não estão directamente relacionadas com as qualidades de excepção da intérprete em causa, mas sim pelo lado da efeméride. E isso é que é de lamentar. Amália não está hoje a passar nas Rádios de maior referência em Portugal porque cantou o fado como ninguém, mas sim porque morreu há dez anos.
Amanhã voltaremos a não ouvi-la.



Amalia Rodrigues - Povo Que Lavas no Rio
(Pedro Homem de Melo)

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda
Bebi em malga que me esconde
O beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
A água pura, puro agreste
Mas a tua vida não

Aromas de luz e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

1 comentário:

J.Pierre Silva disse...

Os jovens também cantam Amália, sinal de que continua viva:

http://www.youtube.com/watch?v=XJ2qO2ayIfo