Não será demasiado dizer uma vez mais que vivemos um momento-chave da história dos media e da informação. E que a arquitectura da paisagem mediática vai ser, está a ser, profundamente reequacionada, nomeadamente na relação entre os diferentes media. Quer se trate do modelo económico de cada um deles. Ou da sua função social em termos de informação.
Média dominante ainda há pouco, a televisão está a dar sérios sinais de crise. A proliferação suscitada pela tecnologia fez com que muitas estações deixassem de ser rentáveis. Daí as mudanças de propriedade, as falências e os encerramentos. Ou as interrogações sobre o futuro da britânica Channel 4. A supressão da publicidade nas televisões públicas francesas e espanholas. E, de maneira mais impressionante, a decisão do Governo de Madrid com vista a favorecer fusões entre televisões nacionais.
A segmentação do público fragilizou a televisão em termos publicitários. Tanto mais que os anunciantes preferem agora a Internet e o não media.
(…)
Com a rádio e a televisão, a questão principal será saber se a proliferação dos emissores constitui uma garantia de pluralismo. Ou se, pelo contrário, só uma delimitação razoável do número de actores e uma regulação legal responsável poderão garantir o pluralismo da programação e da informação...
J.M. Nobre-Correia Professor na Université Libré de Bruxelles (ULB)
In: «Diário de Notícias», Sábado, 23 de Maio 2009
1 comentário:
passei e tenho acompanha a escrita que por aqui se faz... hj acrescento um dos titulos do Diário Económico " desempregados espanhois recebem mais 6 vezes que os portugueses" e passo a citar " A diferença resulta do volume do pacote que Portugal e Espanha têm à disposição no quadro deste fundo europeu. A comissão Europeia aprovou cerca de metade do bolo para cada país" ... é a diferença .... entre outras, para pior , claro
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