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segunda-feira, 15 de junho de 2009






















Será esta a exacta simetria dos espaços siderais, à qual senti por tantas vezes a necessidade de me dirigir, para me afastar da Terra? – Lugar de complicações supérfluas e de aproximações confusas. Ou confrontar-me fisicamente com a presença do céu estrelado? Tudo me parece fugir…
Até mesmo aquilo que considerava mais sensível. A pequenês do nosso mundo em relação às distâncias ilimitadas não surge de uma forma imediata. O firmamento é qualquer coisa que está lá em cima, que se vê que está lá, mas de onde não se consegue extrair qualquer ideia de dimensão ou distância.
Se os corpos humanos estão carregados de incerteza, nada mais resta do que depositar as esperanças na escuridão, nas regiões desérticas do céu.

In: «Íntima Fracção» (11 de Junho 2007) [1ª parte]
RCP-Rádio Clube Português

1 comentário:

Francisco disse...

Tchhh ... houve coisas muito interessantes, as quais, às vezes, já não lembro.

Vem aí outra IF. Hoje (i hope).
Grande abraço homónimo.