apontamentos sobre três artigos da edição deste mês da revista Courrier Internacional:
“as vendas de livros de bolso e a frequência das bibliotecas e dos teatros atravessam um crescimento surpreendente num país bastante atingido pela recessão”
[La Vanguardia, Barcelona]
a cultura como refúgio em tempo de crise. é um valor sem preço, capaz de inverter prioridades; é agora, um bem indispensável. sim, em Espanha.
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“durante uma semana, a rádio pública sueca difundiu teatro radiofónico dos quatro cantos da Europa. a peça suíça falava de eutanásia, a dinamarquesa de racismo e a irlandesa de aborto...”
[Dagens Nyheter, Estocolmo]
a actualidade de dez países europeus difundida através um estilo/meio aparentemente esquecido entre nós; o teatro radiofónico, género popular no leste europeu, é ainda um modo eficiente de promover a divulgação e o debate de ideias. a rádio continua viva, e na sua expressão primordial. para ouvir online, aqui.
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“as vozes sintéticas das gravações telefónicas e do GPS vão continuar enervantes, mas terão, em breve, um ar mais humano. a IBM desenvolveu uma tecnologia que visa intercalar no discurso gravado suspiros e tiques de linguagem, como “ãh” ou “pois”, para torná-lo mais natural. [...] são sons extremamente subtis, às vezes imperceptíveis, mas tem um impacto psicológico enorme.”
[The Sunday Times, Londres]
boa parte do mundo que nos rodeia entra-nos pelos ouvidos. saber manipular tal poder, mais que um anseio, é uma arte.
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