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A solidão opera como a sombra em certas raízes. Nelas afluem tanto o calor dos ares constelados como o hábito das nascentes e o correr dos ventos que, doutro modo, destruíam o que só subterrâneo e fundo se pode criar.
(…)
Afirmo o primeiro encontro na sua diferença. Quero o seu regresso, não a sua repetição. Digo ao outro, velho ou novo, recomecemos?
(…)
Seria muito cruel ficar por aqui? Será demasiado lembrar-vos o poder de suspender o som com um simples gesto?
O Silêncio… tão penoso e tão fascinante como a superfície branca para quem desenha.
Há sempre, porém, um novo traço.
In: «Íntima Fracção» 5º aniversário
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