"Patrões" apresentam incentivo à publicidade
Proposta prevê deduções de 25% ou de 50% às empresas que anunciam
A Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social entregou, esta quinta-feira, ao Governo uma proposta de incentivos fiscais ao investimento publicitário. A medida pretende estimular o consumo e ajudar o sector dos média.
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"Não gostámos que o Governo afastasse completamente a primeira possibilidade", frisou, por seu lado, Ramos Pereira, sublinhando que a "Comunicação Social não é uma indústria transformadora". "É um bem sensível, que lida com a cultura, a liberdade de expressão e o direito à informação".
In: «Jornal de Notícias»
Sexta-feira, 13 de Março 2009
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Resultados. Grupo de Pinto Balsemão apresenta prejuízos de 26,9 milhões
O grupo Impresa vai reduzir o salário dos membros do conselho de administração e da comissão executiva em 10%. A medida, que tem efeitos já a partir de Abril e pelo prazo de um ano, foi ontem anunciada por Pinto Balsemão durante a apresentação das contas anuais do grupo.
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Assegurar o regresso aos resultados positivos e diminuir a dívida remunerada, "única forma de assegurar a independência editorial", foram os objectivos traçados para 2009 pelo presidente do grupo.
In: «Diário de Notícias»
Sexta-feira, 13 de Março 2009
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Museu prometido há três anos continua por nascer
A criação de um museu da rádio e da televisão é prometida desde 2006, quando, depois de 1 de Abril desse ano, o Museu da Rádio, que se situava na Rua do Quelhas foi encerrado, para que a RTP pudesse vender o prédio que o acolhia. Cerca de cinco mil objectos, que representam uma das maiores colecções da Europa sobre história da rádio, foram então empacotados, esperando pela construção de um novo espaço, que teria metade do tamanho do edifício do Quelhas e que seria dividido com a televisão. Mas até hoje o novo museu da rádio e televisão, projectado para as instalações da RTP na Avenida Marechal Gomes da Costa, continua por nascer.
In: «Público»
Sexta-feira, 13 de Março 2009
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Temor reverencial
Balsemão consegue sempre do poder político vantagens especiais. Tem sido assim ao longo do tempo.
Enquanto a Media Capital apresenta lucros, a Impresa informa os seus accionistas que teve prejuízos de 27 milhões de euros. Enquanto a Media Capital não faz ‘savings’ e vai distribuir dividendos na ordem dos 20 milhões de euros, a Impresa despediu 180 profissionais (mais uma sangria que se segue a outras ocorridas nos últimos sete anos) e aumenta o inferno para 2009.
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Balsemão consegue sempre do poder político vantagens especiais. Tem sido assim ao longo do tempo e pelos vistos vai continuar. Agora Balsemão quer (e a sua Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação acompanha) que o Governo e o sector empresarial do Estado aumentem de forma significativa o investimento publicitário em 2009. Quer ainda que as Finanças concedam benefícios fiscais às empresas que façam publicidade. Isto é, os cidadãos pagarão do seu bolso estes subsídios encapotados às empresas privadas, de Balsemão e outros, para sustentar obviamente os erros e disparates de gestão cometidos.
Emídio Rangel
In: «Correio da Manhã»
Sábado, 14 de Março 2009
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Uma forte tradição com futuro
O veto do presidente deveria favorecer uma reflexão inovadora…
No mínimo, a “proposta de Lei do pluralismo e da não concentração nos meios de comunicação social” manifestava uma atroz falta de imaginação (DN, 20/9/2008). Descobre-se agora que a defesa do serviço público não veio de onde devia ter vindo (o governo socialista), mas sim do presidente da República! E as explicações que este dá nos parágrafos 17 a 20 da mensagem ao presidente da Assembleia da República são particularmente interessantes.
Ora, nos tempos que correm, o papel do sector público volta a ser objecto de reflexões diversas. Porque face ao clima actualmente reinante nas actividades financeira e económica, o sector público volta a aparecer como garante de estabilidade, legalidade, democracia e pluralismo. E é precisamente neste contexto que, nos Estados Unidos como na Europa, se fala cada vez mais da necessidade de constituir o sector dos média em serviço público. E até como actividade prioritariamente sem fins lucrativos. O que parece ter escapado totalmente ao governo socialista…
J.-M. Nobre-Correia, professor na Université Libre de Bruxelles
In: «Diário de Notícias»
Sábado de 14 Março 2009
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