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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

+ SINAIS CONTRADITÓRIOS

"As rádios locais não vão despedir devido à crise"
Um dos casos em que já houve uma rescisão de contrato foi na Rádio Universidade do Marão, de Vila Real. "Éramos sete e agora somos seis. Rescindimos com um funcionário que já trabalhava connosco há 14 anos", explicou o director da rádio transmontana, Luís Mendonça. "A crise sente-se mais ao nível da publicidade. Há uma grande diminuição por parte dos pequenos anunciantes, do comércio local. Antigamente tínhamos acordos de um ano e agora já não. O mesmo se passa com os grandes anunciantes, como os hipermercados. Preferem anunciar em períodos de campanhas", explicou.

E a qualidade da programação? "Até agora não se reflectiu, mas se a crise continuar durante muito tempo vai ser complicado manter tantas deslocações para cobrir os acontecimentos informativos", disse ainda Luís Mendonça.

Do norte para a região centro: na Rádio Hertz, de Tomar, as dificuldades são semelhantes. "A parte comercial e publicidade são as que se ressentem mais. Tanto em número, como também o preço baixou. Já fizemos uma reestruturação e estamos agora com dois trabalhadores a tempo inteiro, quatro com recibos verdes e 19 colaboradores. Estamos em contenção de custos desde Julho", contou João Franco, director da Hertz, uma das rádios mais antigas do País.

E afinal onde se ouve mais as rádios locais, nomeadamente as denominadas NUTS III? Curiosamente, de acordo com o estudo divulgado pela ERC, é na Grande Lisboa (perto de 11 mil ouvintes de audiência média) e no Grande Porto (cerca de 8 mil), logo seguidas da região do Ave (7 mil), Cávado (6 mil), Península de Setúbal e Tâmega (ambos com cerca de 5 mil). No lado oposto estão as regiões do Baixo Alentejo, Alentejo Central, Beira Interior Norte, Alto Trás-os-Montes e o Douro, todas entre 1000 e 1500 ouvintes de audiência média.

In: «Diário de Notícias»
Quarta-feira, 28 de Janeiro 2009

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