O “Próximo Oriente” chegou ao fim,
que é o mesmo que dizer “ao seu destino”, uma centena de viagens depois. Com a
música, percorri os imaginários que podia fantasiar sobre o Oriente, eterna “terra
tentadora e voluptuosa para o europeu, cheia de ilusões e desilusões, de gozos
e perigos”, nas palavras de um raro orientalista português, Jaime do Inso.
Sempre em viagem pelo “horizonte rubro e mal definido” das terras dos grandes
desertos, dos enigmas e dos misticismos, das belezas trágicas, dos céus
tropicais, da luz, do burburinhos do bazar, das surpresas que nos aguardam nas
ruas labirínticas das cidades sempre antigas e modernas.
Na derradeira viagem, seguimos a
bordo de um paquete para escutar, pela última vez, o caminho do Oriente. É uma
rota de outra era acompanhada por músicas que ecoam a nostalgia das memórias
inventadas e dos futuros esquecidos. Marselha, Port Said, Suez, Aden, Colombo,
Singapura, Saigão, Hong Kong e, finalmente, Macau. Por aqui se fica.
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