Stream
Musette - Datum - 24 Marj
Kenta Kamiyama - Signs Of Rain - Paperplane
Nils Frahm - Felt - Less
Pariah - Here from Where We Are - Here from Where We Are
Dada Garbeck - The Ever Coming - A Confortable Nap in Chaos
Benjamin Finger - Into Light - Into Light
Félicia Atkinson & Jefre Cantu-Ledesma - Limpid As The Solitudes - And The Flower Have Time For Me
Dessin Bizarre - Open Your Eyes - Icicles
Leyland Kirby - Untitled - We Have At Last Come Home
Rafael Anton Irisarri - Sirimiri - Mountain Stream
Deaf Center - Low Distance - Movements / The Ascent
Kenta Kamiyama - Signs Of Rain - Paperplane
Nils Frahm - Felt - Less
Pariah - Here from Where We Are - Here from Where We Are
Dada Garbeck - The Ever Coming - A Confortable Nap in Chaos
Benjamin Finger - Into Light - Into Light
Félicia Atkinson & Jefre Cantu-Ledesma - Limpid As The Solitudes - And The Flower Have Time For Me
Dessin Bizarre - Open Your Eyes - Icicles
Leyland Kirby - Untitled - We Have At Last Come Home
Rafael Anton Irisarri - Sirimiri - Mountain Stream
Deaf Center - Low Distance - Movements / The Ascent
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(Last Show January 20th)
Ainda no fim do entardecer a nossa tempestade a acordar aos sobressaltos ouvindo o desejo dos filhos órfãos cujas mãos limpam o pó e cujas línguas passam pelos fios do relâmpago. Num intervalo de mais ou menos 2km caímos nas chamas caminhamos lado a lado das estátuas esses altos pássaros dos quais as asas se guardam para o grande voo. É a viagem que eterniza cada amanhecer cada manhã de despedida é uma lâmina fina da alvorada que sobe descalça as escadas os pés frios o peso da carcaça dos bichos chegando aos jardins já desfeitos dos ventos da noite as folhas no chão em toques esfíngicos filhos dos beijos dos sonhos que pisamos lembrando a idade em que saltávamos juntos na areia molhada o mar não diz mais nada não avança mais na nossa direção e sobra-nos erguermos os braços depois da tempestade ao sol ao Sul na janela de ouro e gelo à espera da sombra do trovão que trazemos na cabeça até que muda de novo a estação e saímos da cidade.
Ainda no fim do entardecer a nossa tempestade a acordar aos sobressaltos ouvindo o desejo dos filhos órfãos cujas mãos limpam o pó e cujas línguas passam pelos fios do relâmpago. Num intervalo de mais ou menos 2km caímos nas chamas caminhamos lado a lado das estátuas esses altos pássaros dos quais as asas se guardam para o grande voo. É a viagem que eterniza cada amanhecer cada manhã de despedida é uma lâmina fina da alvorada que sobe descalça as escadas os pés frios o peso da carcaça dos bichos chegando aos jardins já desfeitos dos ventos da noite as folhas no chão em toques esfíngicos filhos dos beijos dos sonhos que pisamos lembrando a idade em que saltávamos juntos na areia molhada o mar não diz mais nada não avança mais na nossa direção e sobra-nos erguermos os braços depois da tempestade ao sol ao Sul na janela de ouro e gelo à espera da sombra do trovão que trazemos na cabeça até que muda de novo a estação e saímos da cidade.
Poema | Poem by - Ana Freitas Reis
Fotografia | Photo by - Alípio Padilha
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