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Endless Melancholy - Fragments of Scattered Whispers - In Transition from Anxiety to Acceptance
Frakkur - 2000 - 2004 - SFTLB1
Exit North - Book of Romance and Dust - North
Bohren & der Club of Gore - Piano Nights - Irrwege
Dictaphone - Nacht - Peaks
Dag Rosenqvist - Elephant - Come Silence
Angelo Badalamenti - Music From Twin Peaks - The Bookhouse Boys (Instrumental)
Mary Lattimore - Hundreds of Days - Never Saw Him Again
Resina - Traces - Procession
Kj- Ex - Foxes (feat. Aaron Martin)
Chihei Hatakeyama - Afterimage - She Isn't Here
Frakkur - 2000 - 2004 - SFTLB1
Exit North - Book of Romance and Dust - North
Bohren & der Club of Gore - Piano Nights - Irrwege
Dictaphone - Nacht - Peaks
Dag Rosenqvist - Elephant - Come Silence
Angelo Badalamenti - Music From Twin Peaks - The Bookhouse Boys (Instrumental)
Mary Lattimore - Hundreds of Days - Never Saw Him Again
Resina - Traces - Procession
Kj- Ex - Foxes (feat. Aaron Martin)
Chihei Hatakeyama - Afterimage - She Isn't Here
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(Last Show December 2nd)
Eis que chega o momento em que a nuvem incha e não sabes como transformar a luz que sai por entre o vento vertiginoso na janela. Parece que se instala a neblina presa a uma lamela, pequena, uma raiz desmaiada no tempo. Vejo a mesma árvore enquanto carrego o peso dos ossos bordados ao corpo e respiro pela goela que já não me aborrece. Cuspo espinhos como a chuva e contemplo, dentro do quarto, que desta vez não adoece, a forma como calças, de novo, os patins para a pista. Vais pisar essa calçada, sabendo que subirás uma outra noite até à ínfima ponta da vontade que não verá mais nada senão uns olhos a arderem o prelúdio de um beijo. A culpa é das flores que pusemos nos cabelos.
Eis que chega o momento em que a nuvem incha e não sabes como transformar a luz que sai por entre o vento vertiginoso na janela. Parece que se instala a neblina presa a uma lamela, pequena, uma raiz desmaiada no tempo. Vejo a mesma árvore enquanto carrego o peso dos ossos bordados ao corpo e respiro pela goela que já não me aborrece. Cuspo espinhos como a chuva e contemplo, dentro do quarto, que desta vez não adoece, a forma como calças, de novo, os patins para a pista. Vais pisar essa calçada, sabendo que subirás uma outra noite até à ínfima ponta da vontade que não verá mais nada senão uns olhos a arderem o prelúdio de um beijo. A culpa é das flores que pusemos nos cabelos.
Poema | Poem by - Ana Freitas Reis
Fotografia | Photo by - Alípio Padilha
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